sábado, 21 de junho de 2008

Relatos de uma perda (à qualquer alguém que um dia amei)

Em vezes eu me sinto muito sozinha também, desde que tudo foi pro espaço nada mais me passa segurança...temos amigos sim...alguns poucos e bons, mas do que adianta!? Existe um vazio, uma lacuna irremediável a qual permanece inquestionavelmente intapável mesmo com tantos artifícios de ilusão. Ombros e consolos nos trazem refúgio momentâneo, mas o buraco permanece ali...
Pense que tudo na vida tem um sentido obscuro, e que o alicerce só balança para nos avisar que há algo errado, que agimos errado com nós mesmos. E se há algo fora do eixo, mal estruturado, temos de buscar o certo...mas qual seria o certo!? Aquilo que nos faz conhecer o real sentido do verbo viver.
Existir por existir, poderíamos ter “nascido” pedras, tão mais fácil seria. Porém, a complexidade é outra, e o significado da palavra existir também.
A covardia nos resguarda, com certeza. Ser covarde ajuda às vezes. Mas o que seria de nós sem correr riscos? Seria como viver eternamente ilhados numa terra desconhecida, rodeados por um abismo, com medo de passar correndo por uma ponte de madeira (sendo que do outro lado o sol brilha mais forte e as pessoas comem sorvete o dia todo). Nunca sairíamos do lugar, acreditando não haver saída, mas sempre há.
Estaríamos nós nesse mundo apenas para vagar em buscas de respostas? Creio eu que elas sempre estiveram embaixo de nossos narizes, mas temos medo de enxergá-las.
Não sei se posso dizer o que fazer, mas posso reafirmar uma certeza já conhecida...o fato de eu (não exatamente a matéria abrupta, mas a essência) estar incondicionalmente ao seu lado. Use isso como força vital, assim como eu uso.
Tudo aquilo que é especial não pode ser esquecido, por isso não te esqueço...poucas coisas valem realmente a pena, conserve-as. Posso tentar te ajudar de mil maneiras, mas o verdadeiro caminho só se abrirá dentro de você. Se o sorriso não habita mais o seu rosto, por favor, reveja conceitos, pense mais um pouco, e pense em você. No final das contas seremos todos iguais, lápides mal polidas e só...valeu a pena?
Faça valer.

5 comentários:

Mauriah disse...

ixee...
Freud explica hein...
Vou esperar pela pessoa melhor q deve surgir na próxima semana e torcer para q essa venha dar "um rolezinho".

Beijos

Leonardo Moreno Capellanes disse...

é lula!
seus textos demoram, mas qndo vem sao com essa qualidade enorme!
eu acho que o segredo pra não ficar triste por alguem, é não depositar nos outros a nossa esperança de felicidade... como diz aquele clichê de mal-amados como no meu caso, ahahahha "não coloque sua felicidade nas mão de outra pessoa".
eu sempre acho que finalmente aprendi isso, mas basta me apaixonar de novo e ver que sou burro, erro, erro, erro persisto no erro, torno a errar! aprendo! erro de novo e volto aprender! pra errar de novo depois.

Acho que agora eu já apendri algumas manhas nesse negocio de se apaixonar, namorar e tal... mas só vou saber qndo acontecer de novo!
bjos!!!

isa. disse...

nossa, eu prometo que ao ler me deu vontade de 'me jogar'.
texto muito muito bom mesmo!
beijos, lulinha!

Eduardo Pasquini disse...

ser sozinho, explica e diz tanta coisa. tanta coisa que ninguém entende, um sofrimento é apenas um dos caminhos, basta trocar de rumo que a felicidade vem e como vem.

beeijo.

shiuuuu disse...

Convido-te a participares no desafio do Shiuuuu...
... já experimentaste gritar num quarto escuro?